A experiência Código da Vinci

>> sábado, maio 20, 2006

Ontem, dia 19, foi meu aniversário! E como presente que me ofertaram, eu decidi presenciar o lançamento mundial de Código da Vinci assim como o resto dos cinéfilos de 72 países, já preparando uma resenha do filme! Satisfação Garantida? Presente Monumental? Valeu a Pena? Quanto ao filme, NÃO! Mas quanto aos amigos sem dúvidas! O que renderam ótimas gargalhadas depois enquanto bebíamos e esculachávamos o filme, não tem preço! Vamos a "crítica":

Para quem leu o livro já sabe: ler O Código Da Vinci é ler o roteiro de um filme hollywoodiano. Sem rodeios, rápido, pontuado por seus clichês, perseguições de carro, cidadãos comuns dando olé na polícia e (muitas) reviravoltas. O jogo já estava ganho no momento em que o primeiro exemplar foi vendido, e daí para uma produção estrelada por Tom Hanks ou qq outro astro, foi um pulo!

Justamente nesse tipo de faceta é que o filme inteiro é amarrado: o roteiro do filme é seguido de uma maneira tão metódica e linear, que algumas falhas que poderiam ser melhoradas ou personagens pouco explicados onde poderiam ser dada uma nova roupagem, enriquecendo a obra e complementando o romance, são completamente descartados! Parece que alguns atores esqueceram seus talentos interpretativos para conseguir aquilo que o filme conquistou para eles: $$$ e amém! Tom Hanks, como Robert Langdon e a Audrey Tautou, como a Sophie Neveau estão como contadores de frigorífico, frios, calculistas, sem emoção, sem talento, sem sal! Robert Langdon, no livro, demonstra toda a empolgação, emoção, desvaneio, alegria monumental diante da surpresa da descoberta da chave do Priorado de Sião, do Graal, do Críptex e todos os eventos que surge daquilo que ele estudou a vida toda como criptólogo. Imagina aquele professor sacal, chato, arrogante, quadrado, um porre que dá a aula mais insuportável da faculdade e explica sua matéria da maneira mais arrastada, sonolenta e intolerável, como se obrigasse vc a cometer suicídio para se salvar: Esse é Robert Langdon de Tom Hanks! Algumas vezes ele e a Audrey conseguia transparecer toda a sintuosidade orgasmática da descoberta com um talento interpretativo de um locutor da Radio Relógio! Dava raiva! O Alfred Molina (filmes como Frida, Chocolate, Lutero e Homem-Aranha 2), como o bispo Aringarosa deixou saudades. Apareceu muito pouco e foi mal colocado. Jean Reno como Bezu Fache foi mediano. A (falta) de agressividade, autoridade e espirito de presença não me convenceram. Na verdade quem roubou todas cenas foi o Ian Mackellen (X-men 1,2 e 3, todos os Senhor do Anéis, O aprendiz, Deuses e Monstros) e o Paul Bettany (Uma Mente Brilhante, Dogville e Mestre dos Mares) porque eles simplesmente interpretaram!!! Não conhecia o Paul, e seu personagem surgiu sem muitas explicações, mas o cara estava empolgante na sua fé cega e objetiva! Eu sei o que acontece com ele mas até torci pelo Silas! ;-) Já O Ian como o Teabing conseguiu arrancar uns poucos risos da platéia com suas tiradas sarcásticas e inteligentes, roubando todas as cenas quando surgia!

As mirabolantes explicações sobre a Opus Dei, Jesus Cristo, Maria Madalena e os Cavaleiros Templários são ilustradas através de flashbacks, o que pode irritar os mais impacientes como eu por exemplo, devido a maneira quase pedagógica das explicações. O Teabing fala, a Sophie pergunta e o Robert complementa. Tudo bem que a complexidade da trama exige explicações, mas tudo tão mastigadinho é quase uma afronta com a sua inteligencia! Alguns efeitos foram muito bem acrescentados ou inteligentemente modificados para a linguagem cinematografia. Mas o que deveria dar agilidade a trama pela grandiosidade dos fatos, fica em segundo plano pela falta de empolgação e interpretação dos atores. E ninguém é amador ou só fez filme de quinta categoria para agir assim. O livro é de tirar o folego do começo ao fim! E quanto mais se aproxima do final, mas vc quer continuar a saber da verdade! Como se metade do livro fosse de clímax! O filme tem uns 3 ou 4 climax e só. O máximo que pode fazer vc continuar, como algumas pessoas na sala demonstraram, foi o sono! ;-)

Resumindo: vejam o Codigo da Vinci. Pela internet! Se atreverem a isso!

A melhor parte de todas foi a cervejada, com uma torta na porta do shopping, num frio de rachar, tomando sopa na barraca do seu Zé das Candongas! A simplicidade de determinadas coisas tem mais valor para mim do que uma festança arregaçada numa boate! Sem falar que as merdalhocas pulularam sem parar!
Obrigado a TODAS as pessoas que me brindaram no meu aniversário! Recebi dezenas de ligações, cartões, sms e caralhões de scraps no Orkut! Aqueles que me ligaram e ficaram com medo de encarar essa estréia estão perdoados! Obrigado incondicionalmente pela presença de espírito de vcs!

Beijos abraços e um remedinho de vez em quando...

2 comentários:

Anônimo 5:16 PM  

É amor, realmente o filme não foi lá essas coisas.Deu até um soninho..e não foi só em mim não,né?! Tinha + gente tirando uma soneca gostosa embalados por uma trilha sonora tão maravilhosa que nós nos demos conta de que nem lembrávamos qual era.rsrsrs.. Mas valeu por estar com vc nesse dia tão especial. Tirando o filme,que tbm não foi tâo ruim assim, foi divertidíssimo conhecer novos amigos e estar com vc, é claro.
Parabéns pra nós que conseguimos agüentar até o fim(mesmo sem coca-cola,né?!)!!!!!
Beijokas,Nayra.

Anônimo 9:24 AM  

Olá, descubri o teu blog por acaso, mas vou ca voltar de certeza :)
Um bjo